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Foto do escritorLucedile Antunes

Como usar o nosso lado sombra para provocar transformações?

Atualizado: 19 de abr. de 2021


O fato é: Somos luz e somos sombra. Temos os 2 lados, assim como temos verão e inverno, ação e reação, o lado lógico e o lado emocional, inicio do dia e fim do dia, lua nova e lua cheia, e assim vai.


Nossa vida é uma jornada. Estamos aqui na terra para evoluir, viver experiências. Quando aqui chegamos, temos um livro com páginas em branco, e assim vamos construindo a nossa história. Entretanto nesta jornada passamos por obstáculos, que podem nos levar a desenvolver pensamentos e crenças limitantes, vivemos experiências, aprendemos valores de família, amadurecemos, vivenciamos emoções, que por vezes ficam acumuladas no nosso inconsciente desenvolvendo sentimentos que podem ser construtivos, mas também destrutivos.


Temos uma essência, e esta essência são os talentos e aptidões que trazemos e que quando estamos alinhados e conectados com esta essência, nos sentimos muito felizes e realizados.


Eu acredito muito que cada um de nós veio com um papel aqui na terra. É como se estivéssemos a serviço. Quando conseguimos identificar este nosso propósito, estamos atuando na nossa essência.


Contextualizei tudo isso, para dizer a você que o nosso lado sombra, entra em ação quando nos desconectamos desta essência, a aí entramos num modelo mental de condicionamento.


Tem pessoas que vivem a vida toda neste condicionamento.

Neste artigo quero explorar um pouco mais sobre o nosso lado sombra e como buscar formas de se reconectar com esta essência.


Trago a analogia de uma árvore. Imagine que quando chegamos aqui na terra, somos uma sementinha que cai em um solo. Este solo é o nosso núcleo familiar, nossos pais, irmãos, avós, primos, tios, etc.


Então tem sementes que foram bem regadas e adubadas, crescem bastante, e se transformam em lindas árvores com muitos frutos. Já outras crescem de forma mediana, outras crescem muito pouco e outras mais, nem saem daquele solo.


Onde quero chegar com esta analogia?

Que algumas pessoas nem chegam a brotar, são provavelmente pessoas que talvez caíram num núcleo familiar que não possibilitou que esta semente florescesse, talvez viveram nas suas jornadas, traumas e obstáculos que causaram feridas, e estas feridas ficaram registradas na memória celular desta pessoa, levando-a a agir muito mais com o seu lado sombra.


Por isso é muito importante sempre buscarmos um autoconhecimento mais profundo, por exemplo através de um processo terapêutico, que nos leve a novos níveis de consciência, para reconexão com a nossa essência, que representa o movimento que nos impulsiona aqui na terra.


Juntamente com a nossa essência trazemos nossas responsabilidades e compromissos que tendemos a desenvolver e atrair no decorrer da vida e na relação com a humanidade.


Uma das ferramentas que eu utilizo nos meus processos de coaching é o Mapeamento Humano (www.humancode.me). Esta é uma ferramenta de autoconhecimento, que foi idealizada pela querida Marcia Lerinna, e contribui muito para identificarmos os talentos e dons que você traz consigo nesta jornada aqui na terra.


Neste mapeamento também falamos do lado sombra, ou seja, os padrões de comportamento que você pode vir a desenvolver quando se desconecta desta essência, gerando uma limitação na sua forma de agir.


Vou aqui trazer alguns exemplos de padrões de comportamentos, que podem levar você a um condicionamento:


Autopiedade: Posturas de submissão e obstinação podem gerar relações de vitimização, principalmente em pessoas que se doam demais ou até se anulam em prol dos outros, e por não receberem o reconhecimento que esperam, tendem à autopiedade e ao isolamento, colocando-se no papel de vítima das relações.


Isolamento: A dificuldade de inter-relação gera melancolia, isolamento e falta de identificação com o mundo exterior. Com essa postura, o individuo pode criar barreiras internas na comunicação com outros, tendendo a ficar cada vez mais só.


Instabilidade Emocional: Alta dispersividade e omissão, causadas pela insegurança emocional, podem levar o individuo à instabilidade de humor, com explosões de temperamento, principalmente quando se sentir frustrado em suas vontades e expectativas.


Indecisão: O individuo desenvolve uma postura de confusão, percebendo a vida sob uma ótica muito limitada e intolerante. Essa postura abre espaço para indecisões e depressões.


Medo do Fracasso: O medo de fracassar, ou de não ter importância pessoal e um senso de pertencimento, leva a uma insegurança nas decisões, omissão e intolerância.


Dissimulação: Desenvolvendo posturas de não se comprometer e não se envolver, o individuo acaba deixando que outros assumam responsabilidades que seriam suas. Sente dificuldade em expressar os próprios sentimentos, tendendo a ocultar opiniões.


Obsessão: O receio em relação ao futuro pode tornar o individuo tenso e obcecado pelas coisas materiais, o que gera medos de todos os tipos.


Intolerância: O individuo pode desenvolver posturas agressivas e de intolerância, entrando muitas vezes em contradições. A ingenuidade gera desequilíbrios de comunicação e consequentemente dificulta sua realização pessoal.


Repressão: Tensões emocionais oriundas de bloqueios na comunicação podem se intensificar e repercutir no físico, gerando forte agressividade, carência e muitas limitações nas inter-relações.


Arrogância: Por sentimentos de inadequação, desenvolve atitudes arrogantes e orgulhosas que muitas vezes isolam o individuo nas relações, afastando os demais, em quem provoca irritação, em vista de seu ar de superioridade.


Insatisfação: Sentimentos de insatisfação por não se sentir parte. Tende a posturas omissas e de intolerância ou teimosia nas relações. Há pouco contato emocional profundo.


Submissão: Desenvolve percepções pessimistas com relação à vida, o que gera atitudes omissas ou submissas. Pode também camuflar as verdades, não enfrentando os confrontos.


Decepção: A dificuldade de se relacionar com as pessoas e com o fluxo da vida tende a gerar conflitos e sentimentos de decepção. Quando não consegue se recuperar dessa condição, tende a perder a energia e a vitalidade. Consequência disso é que não encontra "forças" para finalizar o que intenciona.


Frustrações: A insegurança gera dúvidas quanto a si mesma, irracionalidade e julgamentos rígidos.


Estes, são apenas alguns de muitos condicionamentos que podemos acabar desenvolvendo ao longo da nossa vida.


Por isso enxergar o nosso lado sombra, significa mergulhar num profundo autoconhecimento, sair da nossa zona de conforto, nos colocarmos em estado de vulnerabilidade.


A escritora Brené Brown diz: A vulnerabilidade é a melhor maneira de medirmos a coragem.


Atravessar nossas emoções mal resolvidas, dói, machuca, muitas vezes são anos de um processo terapêutico. Mas é necessário para a nossa evolução.


Eu digo sempre que nós podemos escolher o nosso caminho.


Veja na imagem a seguir que caminhos podem ser estes:


Quando escolhemos seguir, além de provocar transformações e recomeços pessoais, também contribuirmos para elevar o grau de consciência e maturidade do universo. Seremos seres humanos melhores, mais evoluídos, contribuindo para relações muito mais saudáveis.


Temos muitos relacionamentos na sociedade e nas empresas que chamamos de tóxicos.


Não será fácil atravessar as emoções, mas lá na frente você sentirá orgulho de si, e uma sensação de alivio e leveza.


Lembre-se, se a jornada estiver pesada, ela está errada.


Sabiamente Albert Eistein nos diz: “Loucura é querer resultados diferentes, fazendo tudo exatamente igual”.


E nessa nossa jornada de reconexão, qual o papel da sombra? Qual a importância de enxergarmos nossa

sombra? O quanto contribuímos para a Sombra Universal e o quanto a Sombra Universal ainda reverbera em nós e se manifesta através de nós?


Estas são reflexões muito importantes.


Eu assim como você, passamos por momentos no nosso dia a dia que podem nos sinalizar que precisamos olhar melhor para dentro da gente. Pode ser uma perda, pode ser um conflito, pode ser uma tristeza profunda, ódio de algo, assim como uma alegria intensa ou um sentimento de profundo amor.


Precisamos estar atentos ao que as nossas emoções ou o nosso corpo está querendo nos “comunicar”.


Desenvolver este olhar atento, nos faz estar muito mais conectados conosco, para perceber que algo aconteceu, refletir, compreender os sentimentos gerados e evoluir com este aprendizado.


Toda emoção é uma energia acumulada que leva você a ter uma ação.


Minha querida mestre Fátima Abate diz sabiamente que “Toda emoção contém uma informação privilegiada”


A emoção é uma carga de energia que pode estar querendo nos mostrar algo.


A partir do momento que interpretamos a emoção, ela se transforma em sentimentos. Portanto sentimentos são a interpretação que damos para aquela emoção naquele determinado cenário.


Então por exemplo: Eu estou me sentindo com medo, e este medo foi gerado pelo atual cenário de pandemia. Portanto o medo trouxe como consequência uma ansiedade do que pode acontecer face ao cenário que estou vivendo.


Se eu ficar alimentando este medo, posso me paralisar, me bloquear e não conseguir seguir. E se eu for alimentando ainda mais este medo, eu posso desenvolver por exemplo uma síndrome do pânico.


Portanto agir com inteligência emocional (IE) significa não deixa a emoção te pegar, você aprende a sair rápido dela, porém é um efeito imediato e paliativo, como uma alivio emocional.

É como se você apendesse a usar o extintor de incêndio. Você aprende a aliviar, para não gerar destruição.


Já agir com competências emocionais (CE) significa você buscar as causas das emoções destrutivas, encara por exemplo a tristeza, a raiva, e resolver = isso significa atravessar a emoção.


Portanto a IE nos ensina a evitar a emoção, e agirmos com competência emocional significa desenvolvermos nossas habilidades de reconhecer as emoções e resignificá-las para evoluir.


Portanto o medo é o nosso grande visionário. Ele vê uma dificuldade e um risco futuro e sinaliza. Cabe a mim decidir se quero usar esta emoção para um lado destrutivo que seria me paralisar com este medo e me fechar, ou, usar esta emoção para o lado construtivo, ou seja, entender estas dificuldades e riscos e me preparar melhor, buscar alternativas para atravessá-las.


Espero que este artigo cause reflexões em você, e que estas reflexões gerem aprendizados para agir com mais sabedoria, compreendendo o que cada emoção pode estar te sinalizando.


Com carinho



Lucedile Antunes mãe da Julia e do Raphael, Palestrante, Coach e Consultora em gestão empresarial, especialista no desenvolvimento de soft skills, apaixonada pela evolução das pessoas e pioneira na utilização de ferramentas que mapeiam com precisão a essência do comportamento humano, elevando projetos e pessoas a outros patamares de maturidade. Autora do Best Seller Soft Skills - Competências Essenciais para os Novos Tempos - Literare Books Internacional.


Contatos: (11) 98424-9669 | lucedile@lantunesconsultoria.com.br


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